Transtorno do Espectro Autista | TEA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição caracterizada por uma disfunção no desenvolvimento neurológico, é comumente identificado na infância e se manifesta por meio de dificuldades na comunicação, desafios na interação social e modificações comportamentais. Em essência, os indivíduos afetados pelo autismo enfrentam obstáculos para estabelecer conexões sociais e demonstram uma tendência ao isolamento.

Apesar de sua prevalência, a etiologia exata do TEA permanece desconhecida. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), elaborado pela American Psychiatric Association, consolidou várias condições sob o rótulo de TEA, incluindo o Transtorno Autista, o Transtorno Desintegrativo da Infância, o Transtorno Generalizado do Desenvolvimento Não Especificado (PDD-NOS) e a Síndrome de Asperger.

As terapias convencionais disponíveis para o TEA muitas vezes demonstram eficácia limitada e estão associadas a uma variedade de efeitos colaterais. Embora alguns medicamentos existentes possam mitigar comportamentos problemáticos associados ao transtorno, raramente abordam sua manifestação central.

Como resultado, uma série de pesquisas experimentais está em curso para desenvolver abordagens terapêuticas inovadoras. Estudos indicam que os fitocanabinoides, ao atuarem como neuromoduladores interagindo com os receptores e enzimas metabólicas do sistema endocanabinoide (SEC), mostram-se promissores na regulação do sistema nervoso central, especialmente em áreas cerebrais como o lobo temporal, a medula e o tálamo, que são particularmente afetadas pelo TEA.

Uma revisão sistemática abordando a literatura científica relacionada à cannabis e ao tratamento do autismo utilizou a base de dados PubMed/Medline. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade de Brasília, publicado em outubro de 2019, examinou o impacto do canabidiol (CBD) em 18 pacientes com TEA, com idades entre 6 e 17 anos, por meio de um regime de uso compassivo.

Durante o período de 12 meses, observou-se melhora significativa nos distúrbios do sono, nas convulsões e nas crises comportamentais em 15 dos pacientes. Além disso, foram identificados sinais encorajadores de progresso no desenvolvimento motor, na comunicação e na interação social, assim como no desempenho cognitivo.

O estudo, intitulado “Efeitos do extrato de Cannabis sativa enriquecido com CBD nos sintomas de transtorno do espectro do autismo: um estudo observacional de 18 participantes submetidos ao uso compassivo”, concluiu que a maioria dos pacientes experimentou melhorias em múltiplas categorias de sintomas. Especificamente, 47% dos participantes demonstraram melhora igual ou superior a 30% em quatro ou mais categorias de sintomas, enquanto 13% apresentaram melhora significativa em duas categorias. Notavelmente, apenas um paciente, que recebeu múltiplos medicamentos neuropsiquiátricos durante o estudo, não apresentou melhora ou, em alguns aspectos, experimentou uma deterioração dos sintomas.

Literatura Científica
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